O Plenário da Câmara Municipal
de Porto Alegre rejeitou, na sessão extraordinária realizada na manhã desta quarta-feria (16/12), o projeto de lei que autorizava o Executivo a criar o
Programa de Rua de Convivência.
A proposta do vereador Marcelo Sgarbossa (PT) era no sentido de incentivar a
realização de atividades recreativas, culturais, esportivas e de lazer
nos domingos e feriados. “Queremos estimular as intervenções urbanas já
existentes e fomentar mais possibilidades de ocupar a rua como um o
espaço público de convívio social, sobretudo a favor das crianças, que
poderão desfrutar novamente de um espaço que já foi seu”, ressalta o
parlamentar.
De acordo com o projeto, caberia à prefeitura ou aos
cidadãos indicar em quais trechos das vias para a instituição do
Programa Rua de Convivência. Quando a iniciativa partisse da própria
comunidade, o pedido de implementação deveria conter um abaixo-assinado
com, no mínimo, dois terços dos moradores do trecho proposto. Nesses locais não seria permitido o trânsito
de veículos automotores nos domingos e feriados, exceto para acesso
local. O período de restrição à circulação de automóveis deveria ocorrer entre 6 e 21 horas, chegando até as 22 horas no horário brasileiro de verão.
Sgarbossa
lamentou a rejeição destacando que Porto Alegre já conta com o fechamento de cinco vias: os
corredores de ônibus das avenidas Erico Verissimo, Padre Cacique e
Terceira Perimetral e as avenidas Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio) e
José Bonifácio. Lembrou que “A própria sociedade vem tomando a iniciativa de buscar a
ampliação do espaço público como uma área de convívio, para além dos
parques. Exemplo disso são os projetos conhecidos como Vaga Viva e A Rua
é Para Brincar”, destaca.
O projeto teve quatro emendas, sendo que a de número
01 foi rejeitada, a
02 foi retirada pelo autor e as
03 e
04 foram aprovadas.