O período destinado à
Tribuna Popular, realizado na tarde desta quinta-feira (22/10), na Câmara
Municipal de Porto Alegre, destacou os projetos do Centro Cultural de
Arte da Capital. A presidente do Conselho Gestor da Companhia de Arte, Betina Müller,
relatou que, em 2015, o prédio que acolhe os artistas de Porto Alegre foi
interditado pelo Corpo de Bombeiros, devido a problemas estruturais no local. “Este ano o prédio foi interditado, o que interrompeu todos os
elementos que geram recursos para a Cia de Arte. Para a liberação definitiva do
prédio, serão necessários cerca de R$ 70 mil para regularizar a parte final do
PPCI”, disse.
Conforme destacou Betina, a Cia de Arte, como é conhecida popularmente,
disponibiliza à comunidade um espaço acolhedor, cultural e de aprendizagem,
onde são fabricados 70% da produção cênica de Porto Alegre. “O Centro cultural
recebe por mês quatro mil visitantes, entre eles usuários do teatro, alunos e
professores.”
O conselheiro da Companhia de Arte Plínio Marcos Rodrigues
ressaltou que o Centro é um dos polos de economia produtiva muito importante
para a Capital, onde são gerados empregos e renda para os artistas do
município. “Temos um espaço tão rico em cultura que é capaz de gerar renda
para muitos artistas. O prédio deve voltar com suas atividades o quanto antes.”
Rodrigues destacou ainda que um projeto arquitetônico para a restauração do
edifício está encaminhado e necessita de recursos para ter continuidade.
Segundo Plínio, a Prefeitura Municipal não tomou providências e não retornou as
solicitações. “É triste vir novamente a esta Tribuna para falar do descaso da
Prefeitura. Este é um grave problema que a classe dos artistas da Capital
sofre. Porém, é mais triste ainda lamentar aqui que a Câmara Municipal de
Porto Alegre não derrubou o veto do prefeito ao Plano Municipal de Cultura.”
Texto: Clara Porto Alegre (estagiária de Jornalismo)
Edição: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)