29/04/2016

Foto: Gabinete Eng. Comassetto/Marcelo Antunes

Reunião na reitoria da UFRGS - com reitor Carlos Alexandre Neto e vice-reitor Rui Oppermann

Universidade

Comassetto manifesta apoio a reitor pela postura democrática da Ufrgs

Em reunião na Reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, segunda-feira (25), quando foi recebido pelo reitor Carlos Alexandre Netto e o vice-reitor Rui Vicente Oppermann, o vereador Engº Comassetto prestou solidariedade aos gestores e corpo docente da Universidade contra a tentativa de alguns vereadores da capital em impor censura à Ufrgs. “A moção de repúdio proposta pelo vereador Valter Nagelstein (PMDB) à Universidade foi um descalabro, uma tentativa de censura à academia que há muito tempo não víamos. Deixo claro que esta postura não é unânime na Câmara de Vereadores e vamos trabalhar para derrotá-la quando esta for a plenário para segunda votação”, enfatizou.

Comassetto reiterou que conversou, antes da votação no dia 20/4, com vários vereadores pedindo o voto contrário à moção, por entender que a Ufrgs e seus gestores não tinham, em momento algum, ultrapassado suas atribuições, muito menos terem praticado ou apoiado nenhum ato de violação aos direitos humanos como sustentado por Nagelstein. “O que quer Nagelstein é impor, com o falso argumento de desrespeito ao regimento interno da universidade, uma mordaça à academia que não defende o pensamento único, querem calar a academia que defende a democracia e a legalidade”, declarou Comassetto a Carlos Alexandre e a Rui Vicente.

Reitor e vice-reitor explicaram que o objeto da moção encaminhada pelo vereador do PMDB, o ato em Defesa da Democracia e da Legalidade, foi realizado nas dependências da Ufrgs, pedido e organizado por entidades independentes da Universidade e não pela sua gestão. “Iremos nesta terça-feira explicar isso ao conjunto dos líderes das bancadas. A academia é livre para pensar e debater”, ressaltou Carlos Alexandre.

Comassetto destacou ainda que irá, novamente, trabalhar junto às bancadas que votaram pela aprovação da moção para que repensem e revejam sua posição. “Iremos conseguir votos suficientes para reprovar a matéria em nova votação”. Como destacou o Comitê em Defesa da Democracia e do Estado Democrático de Direito, “não há sentido algum em procurar restringir a liberdade de debate dos temas de interesse do país nas universidades. Temos de lutar com todas as nossas forças e possibilidades contra o caráter obscurantista da moção proposta pelo vereador Walter Nagelstein que busca intimidar e calar um importante espaço de reflexão intelectual, num momento em que ela tanto se faz necessária”.

Texto: Marcelo Antunes

 

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