11/06/2008

Foto: Ramon Nunes

Magalhães criticou falta de políticas urbanas

Fórum

Magalhães defende subsídio para moradias de necessitados

Sérgio Magalhães, arquiteto responsável pelo Projeto Favela Bairro, no Rio de Janeiro, deu segmento ao ciclo de palestras na manhã desta quarta-feira (11/6/), no fórum Porto Alegre, Uma Visão de Futuro, na PUCRS. Disse em seu pronunciamento que a sociedade brasileira faz um esforço gigantesco para viver nas cidades. “O que faz as tragédias é a falta de políticas urbanas e não a população”.

Considerou que as favelas e loteamentos irregulares são resultados da adesão às cidades pela população. “É o desejo de morar na cidade e a falta de condições oferecidas pelo poder público, que faz com que haja moradias irregulares”.

Segundo Magalhães, os governos desconsideram a população mais carente. “Como se pobre fosse incapaz de saber o que é melhor”. Defendeu que os mais necessitados devem ter acesso ao crédito para construção de suas moradias. “A escolha de onde se instalar, deve ser uma decisão de família, e não o que estiver mais disponível”.

Na sua opinião, a falta de estrutura e condições de habitação, acabam fazendo com que os loteamentos e vilas se tornem antro de marginalização. “Os governos têm que ser protagonistas e oferecer créditos subsidiados para essa classe social. Só assim eliminaremos as áreas de risco”.

Outra informação do palestrante dá conta de que no Brasil, em nove anos, foram construídos 11 milhões de domicílios nas cidades. “O número de domicilio aumenta mais que a população urbana”.
 
Magalhães disse ainda que no Rio de Janeiro, através do Projeto Favela Bairro, várias localidades foram beneficiadas. Para tanto, informou que foram necessárias alterações consideráveis. “Reconsideramos o sistema viário, as condições de infra-estrutura, regularização das propriedades, qualificação dos espaços públicos e valorização dos equipamentos já existentes”.

Regina Andrade (reg. prof. 8423)

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