22/12/2008

Foto: tonico alvares

Arena: Reunião discutiu mobilidade viária no entorno do Olímpico

Arena Tricolor

Legislativo busca consenso sobre projeto da Arena

O presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, vereador Sebastião Melo (PMDB), confirmou, nesta segunda-feira (22/12) pela manhã, que o Legislativo deverá votar na próxima segunda-feira (29/12) o Projeto de Lei Complementar do Executivo que define o regime urbanístico do Projeto Arena - empreendimento a ser construído pelo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense no Bairro Humaitá - e altera o regime urbanístico que envolve o atual terreno onde se localiza o Estádio Olímpico.

Melo sugeriu, ao final da reunião desta segunda-feira com o secretário municipal do Planejamento, José Fortunati, representantes da empreiteira OAS, dirigentes do Grêmio e técnicos da Prefeitura de Porto Alegre, que as partes envolvidas no processo estejam reunidas durante a manhã do dia 29, na Sala da Presidência, para dirimir possíveis dúvidas ainda existentes que impeçam a aprovação do projeto por consenso.

No mesmo dia 29, também deverão ser votados os projetos que tratam das reformas do Complexo Beira-Rio e da área do Pontal do Estaleiro. “Houve avanços no debate, esclarecemos várias dúvidas. A Câmara está avaliando mudanças urbanísticas que geram polêmica, mas o condutor desse processo é o Executivo”, disse Melo. Os possíveis problemas viários na Azenha, decorrentes das mudanças previstas no projeto, foram os principais temas discutidos na reunião.

O líder do PT, vereador Carlos Comassetto, sugeriu que as mudanças previstas pelo projeto sejam debatidas e implementadas a partir de uma Operação Concertada e do encaminhamento, pelo Executivo, de medidas mitigadoras para os impactos do empreendimento. Os técnicos da Prefeitura, no entanto, alegam que uma Operação Concertada inviabilizaria o cumprimento do prazo imposto pelo Federação Internacional de Futebol Association (Fifa) – 15 de janeiro de 2009 – para que Porto Alegre se credencie a sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014. “O projeto de lei enviado pelo Executivo tem outra concepção”, disse o arquiteto Newton Baggio, da Secretaria Municipal do Planejamento.

O secretário municipal de Mobilidade Urbana, Luis Afonso Senna, concordou com os vereadores de que seria muito difícil realizar a duplicação da Avenida Azenha, sugerida pela EPTC, e aceitou estudar a viabilidade de reincluir o gravame de um binário na Avenida Florianópolis, no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA), abrindo acesso àquela via e implementando mão única para o fluxo de veículos na Azenha. Para Baggio, é possível resgatar o traçado original da Florianópolis “para resolver o gargalo na Azenha”. Para isso, explica, serão necessários estudos sobre os impactos da obra. Os técnicos da Prefeitura também prevêem a ligação da Rua Gastão Mazeron ao Bairro Cristal através das Vilas Tronco e Cruzeiro.

A representante da construtora OAS, Marilu Maraschin, ressaltou que alguns prazos previstos no projeto de lei do Executivo, considerados muito exíguos, terão de ser alterados por emendas. Ela considerou possível a inclusão de emendas ao projeto que prevejam estudos sobre alternativas para a circulação na região dos empreendimentos. “O projeto de mudanças na Azenha só pode se iniciar daqui a seis anos”, disse ela.

Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400)

Leia também:
Modificações na Azenha polemizam discussão sobre Arena

  Câmara Municipal de Porto Alegre.                                                                   desenvolvimento: Assessoria de Informática-CMPA e PROCEMPA