Lideranças

Nos tempos de Lideranças da sessão desta segunda-feira (23/3), os vereadores de Porto Alegre abordaram os seguintes temas:

PEQUENOS - Alceu Brasinha (PTB) contou que esteve, recentemente, em dois Carrefour e em um BIG para conversar com consumidores que faziam troca de óleo automotivo. Segundo o vereador, várias pessoas lhe disseram que iriam derramar o óleo usado no esgoto, já que os postos não recolhem os produto usado por não disporem de sistema de descarte adequado. Na opinião de Brasinha, é preciso que haja mais fiscalização do poder público sobre esses estabelecimentos. "Eles quebram os pequenos, vêm e fazem o que querem, oferecendo muito pouco pelos estragos que provocam", declarou. (CB)

COOPERATIVA I - Sofia Cavedon (PT) pediu colaboração dos vereadores para que a Câmara possa votar projeto de lei de sua autoria que estabelece mais exigências para as cooperativas contratadas em sistema de terceirização pela prefeitura. A vereadora citou o caso da Meta, contratada para os serviços de limpeza, cozinha e auxiliar de cozinha, para as escolas municipais e que "fugiu" com os dinheiro do pró-labore das cooperativadas. "Temos de tentar criar algum resguardo, alguma proteção às cooperativadas", afirmou. De acordo com Sofia, a Meta foi substituída pela Cootrario, que já teria anunciado o parcelamento do primeiro pró-labore. (CB)

COOTRAVIPA - Luiz Braz (PSDB) disse que concorda com o projeto de Sofia Cavedon (PT) que disciplina o funcionamento das cooperativas de trabalho, mas criticou a colega por defender a atuação da Cootravipa. Segundo ele, Sofia elogiou apenas a Cootravipa porque durante os governos do PT em Porto Alegre esta cooperativa praticamente monopolizou os serviços terceirizados da Prefeitura. "A Cootravipa cometeu uma série de falhas e enriqueceu algumas das pessoas que a comandavam. Não é justo defender as (cooperativas) que trabalham com seu partido e criticar as demais." (MAM)

CONCEIÇÃO - Thiago Duarte (PDT) criticou os serviços prestados pelo Grupo Hospitalar Conceição. Citou caso de uma paciente que ele atendeu na Restinga no final de semana e que teve seu tratamento contra câncer de útero atrasado em quatro meses por falha do hospital. "Quando chegou para iniciar tratamento, a paciente foi encaminhada para fazer uma ecografia, o mesmo exame que já havia feito dois meses antes. "E mais, a pessoa que a atendeu lá disse que o Conceição não faria a ecografia e encaminhou agendamento de nova consulta para daqui a quatro meses." (MAM)

COOPERATIVA II - Reginaldo Pujol (DEM) disse que só com muita criatividade das lideranças partidárias será possível criar uma emenda que salve o projeto de Sofia Cavedon (PT) que disciplina o funcionamento das cooperativas de trabalho em Porto Alegre. Lembrou que a matéria pretende legislar sobre assunto já regulado por lei federal. Acrescentou que a Procuradoria da Câmara também alertou sobre a inconstitucionalidade do projeto e dos riscos que causará sobre todos os contratos de terceirização atualmente em vigor. (MAM)

38 ANOS - João Dib (PP) lembrou que há exatos 38 anos assumiu como vereador titular de Porto Alegre e relembrou trechos de seu primeiro discurso na tribuna. "Em toda minha vida pública servi ao Executivo e hoje participo do Legislativo. Portanto, agora posso considerar-me um homem público e vou defender sempre os interesses da comunidade", lembrou. Acrescentou que, passados 38 anos, ainda pensa do mesmo jeito. Disse que o dia de hoje também lhe dá satisfação porque está sendo apresentado projeto que homenageia sua mãe, Júlia Dib, com nome de uma rua no bairro Rubem Berta. O projeto é de João Carlos Nedel (PP). (MAM)

COOPERATIVA III - Fernanda Melchionna (PSOL) lembrou que as trabalhadoras da Cooperativa Meta estão sem receber seus salários desde fevereiro de 2009. “A Prefeitura tem contrato com a cooperativa e permite essa situação”, disse. Em relação ao projeto de Sofia Cavedon (PT), Fernanda apoiou e apresentou emenda proibindo que esses benefícios sejam descontados do salários dos cooperativados. Sobre a crise, a vereadora alertou para o que chamou de “festival de problemas no país, a crise atingindo em cheio o bolso do trabalhador”. Segundo Fernanda, “dos 181 cargos de diretoria do Senado, que têm salários absurdos, 70% foram criados pelo próprio Sarney”. (CK)

COOPERATIVA IV - Valter Nagelstein (PMDB) afirmou que as trabalhadoras da Meta não são cooperativadas. “É uma burla à lei, que serve somente para que se engane os trabalhadores e se descumpra a lei”, disse. Criticou a fala de Fernanda Melchionna (PSOL). “Às vezes ela se excede na crítica e acaba colocando todos no mesmo barraco, dizendo que a prefeitura não tem preocupação com a situação dessas cooperativas, e isso não é o correto. A prefeitura está amarrada à lei da licitação, se alguém vai lá e se habilita e vence de acordo com a lei, a prefeitura não pode fazer nada”, defendeu Nagelstein, sugerindo que se deva ir ao Ministério do Trabalho, a fim de denunciar a situação e pedir providências. (CK)

Claudete Barcellos (reg. prof. 6481)
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
Carla Kunze (reg. prof. 13515)